Sonhar com a casa própria é um dos desejos mais comuns do trabalhador brasileiro. E com tantas construtoras prometendo facilidades, parcelas acessíveis e imóveis novinhos em folha, muita gente acaba seduzida pelos lançamentos “na planta”. Esse tipo de investimento, embora atrativo, exige cautela redobrada. Afinal, o que está sendo comprado ainda não existe fisicamente — é um projeto, um contrato e, muitas vezes, uma grande promessa.
E o que antes era mais comum em cidades litorâneas, como Porto Seguro, agora se expande também para municípios do interior, como Eunápolis. Mesmo sem praia, a cidade tem recebido forte presença de construtoras que veem nela um novo polo de valorização.
Mas independente de onde o imóvel está sendo construído, uma coisa é certa: ler o contrato com atenção é essencial, principalmente quando se fala em prazos. A maioria dos contratos prevê um período de carência de até seis meses além da data estipulada para entrega. Só que o detalhe que muitos ignoram — e aqui mora a pegadinha — é que alguns contratos permitem que esse prazo seja ainda maior, caso a empresa alegue motivos como pandemia, clima ou até falta de material de construção.
É aí que entra a tal da “saída jurídica perfeita” para a construtora: alegar que o atraso ocorreu por causa de escassez de materiais. Parece justificável, não é? Mas atenção: essas empresas trabalham com planejamento rigoroso de obra e estoque, o que significa que, muitas vezes, essa alegação pode ser apenas uma forma de ganhar tempo, dentro da legalidade do contrato.
Ou seja: o que seria uma entrega em 2 anos e meio pode virar 3 ou 4 — e, infelizmente, você assinou concordando com isso, sem perceber.
1. Pesquise o histórico da construtora
Nada de confiar apenas no que o corretor fala. Verifique o CNPJ da empresa, entregas anteriores e se há reclamações registradas.
2. Visite o local onde será construído o imóvel
Conheça o bairro, veja a infraestrutura e perceba se a localização atende às suas necessidades reais.
3. Leia o contrato com atenção – e com um advogado, se possível
Os detalhes que passam “em branco” na hora da empolgação são justamente os que te trarão dor de cabeça depois.
4. Verifique o prazo de entrega e as cláusulas de atraso
Alguns contratos permitem prazos que ultrapassam os 6 meses adicionais previstos por lei. Leia com atenção.
5. Pergunte sobre taxas adicionais
Corretagem, evolução de obra, escritura... muitas dessas cobranças aparecem depois da assinatura.
6. Diferencie o decorado do real
Nem sempre o que é mostrado no modelo decorado está incluso no que será entregue.
7. Converse com quem já comprou com a mesma empresa
Nada mais valioso que a experiência de quem viveu o processo completo.
Comprar um imóvel na planta é sim uma forma de poupança forçada — mas não deve ser encarada como um plano de mudança imediata. Exige tempo, paciência e pés no chão. É preciso pensar com a razão, e não apenas com a emoção de realizar o sonho da casa própria.
No mais, não compre por impulso. Leia tudo. Questione. Negocie. A casa dos sonhos precisa começar com um contrato justo — e não com uma cilada disfarçada de oportunidade.
Se você chegou até aqui, é porque se preocupa em investir com segurança e quer evitar armadilhas que já pegaram muita gente por falta de atenção aos detalhes.
No Mistura Bahia, a gente fala a verdade que os panfletos de construtora não contam.
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